13 outubro 2010

JAVIER BARDEM

Por Holly Millea / Fotos Getty Imagens

Oscar espanhol

Ele parece mesmo ser o tipo de homem que come, reza e ama de maneiras desenfreadas. Com 1,80 m de altura, Javier Bardem tem o rosto quadrado e o corpo de um boxeador. Eu nem havia reparado e o ator foi logo explicando o motivo para o botão de cima de seu jeans estar aberto. “Fica mais confortável quando eu me sento. Estou ficando velho e gordo!” Até parece... De Salto Alto (1991), A Teta e a Lua (1994), Éxtasis (1996), Carne Trêmula (1997), Entre as Pernas (1999), Más que Amor, Frenesi (2001)... Passe os olhos pela lista de alguns filmes de Bardem e você pode confundi-lo com um astro pornô, em vez de um talento de grandeza maior. Ele foi o primeiro ator espanhol a ser indicado a um Oscar (pelo personagem Reinaldo Arenas, o escritor cubano de Antes do Anoitecer, de 2000). E depois o primeiro espanhol a vencê-lo, interpretando o assassino psicopata em Onde os Fracos Não Têm Vez (2007).
Neste mês, Javier personifica o amor na adaptação para o cinema de Comer, Rezar, Amar — o livro de Elizabeth Gilbert —, fazendo o papel de Felipe, o amante brasileiro com quem Elizabeth se casa. Parece estranho que um ator tão denso tope fazer cinema popular e, ainda por cima, em uma história de mulherzinha. Mas ele mesmo explica, com o seu adorável jeito de falar inglês: “Adorei o enredo de uma pessoa que realmente tenta se afastar das coisas que machucam. Mesmo sabendo que, no fim, você carrega sua própria dor. A menos que se separe de seu eu, não há como escapar”. Parceira do filme, Julia Roberts diz que passou a ver Bardem não só como um ator carismático mas também como um amigão. “Esperava encontrar um desses atores intensos e amuados, mas ele se mostrou doce, leve e disposto a ir a qualquer lugar para gravar”, diz. “Quando recebi o trailer do filme, estava com algumas amigas em casa”, conta. “Coloquei para rodar e, assim que Javier apareceu em cena, todas suspiraram: ‘Ahhh!’ Foi um desmaio coletivo. Não aguentei, comecei a rir”, lembra Julia
Pergunto se ele já foi perseguido com insistência por uma colega depois de alguma filmagem terminar e ele responde: “Não, não. Eu não sou o Brad Pitt”. E completa: “Tive a maravilhosa oportunidade de estar com Brad duas vezes. Que beleza! Ele é lindo e fantástico de ver. Mas sua beleza realmente vem de lugares diferentes – da maneira como ele fala, como se interessa pelo que você diz. Ele realmente fez com que eu me sentisse muito... Não sei, como se eu pudesse me apaixonar por ele! Como uma adolescente que fica louca e faz assim... (dá gritos). Eu só falei com ele duas vezes, mas ele é tão legal, tão generoso, e eu não o conheço assim muito bem. Acho que é uma pessoa boa. E é daí que a beleza vem, pá! E se você ainda tiver o corpo dele, então, é tipo: p...!”.

Matéria retirada da Revista ELLE



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